sábado, 12 de fevereiro de 2011

Filmes do Oscar - Comentários

Ando à caça dos filmes do Oscar, para enfatizar minhas apostas quanto aos mesmos, e digo que está sendo bem interessante, porém dos que eu vi, nenhum ainda merece a estatueta de melhor filme, na minha humilde opinião. Postarei aqui à pedidos do meu seguidor "Os demônios também choram", que  também está caçando os filmes haha :D
 Continuemos!


Cisne Negro (Black Swan)

Criei certa expectativa em ver esse filme pelos ótimos comentários que li, e sempre que isso ocorre fico receosa, porque, normalmente, eu me decepciono por não ser tudo aquilo que falavam. Pois bem, fui pagar para ver se Cisne Negro era mesmo brilhante e tive uma surpresa: não é (perceba, eu disse que ele não é brilhante, não que ele é um lixo). O que definitivamente é brilhante é a grande atuação de Natalie Portman, que aqui mostra todo o seu talento no apogeu de sua carreira, como a protagonista Nina, uma bailarina que é pressionada por ser escolhida como a nova Rainha dos Cisnes, no consagrado balé russo “O Lago dos Cisnes”, composto por Tchaikovsky no século 19 (um dos motivos de os russos estarem a-m-a-n-d-o essa película)
O filme mexe muito com os sentidos dos espectadores, porém digo que tem certas cenas desnecessárias e apelativas, e Darren, no fim das contas, aparece com uma direção quadrática e previsível. Pontos altos para a cena da festa, em que luzes coloridas tomam conta de todos os espaços da tela, e para a cena final, em que vemos uma Natalie Portman totalmente envolvida com sua personagem e uma maquiagem e fotografia fantásticas. O desfecho, incluo aqui, é sensacional, cheio de simbolismo e mensagens subliminares. Destaque também para a música frenética, que deixa o público atônito e torna o filme mais intenso; ressalto, entretanto, que Darren não teve a maestria de Ingmar Bergman para entrar definitivamente na psique da personagem, o que acaba falhando com efeitos para assustar, cenas de sexo entre mulheres sem um fundamento e sem de fato um entendimento claro sobre o todo.
Devo dizer que é um bom entretenimento, apesar de tudo, mas não ao ponto do fanatismo e favoritismo ao Oscar (se bem que nenhum dos títulos indicados parece-me realmente digno da estatueta), a não ser, é claro, o de Melhor atriz, que de longe é de Natalie Portman. É tão certo como o prêmio de melhor diretor para Martin Scorsese em 2007, ou o de melhor ator coadjuvante para o falecido Heath Ledger em 2009, ou ainda, Christoph Waltz, por Bastardos Inglórios, ano passado.
Contudo, o filme peca para quem é mais crítico, e ele acaba se perdendo em um roteiro que parece inacabado, e deixa vários buracos, que são “tapados” pelas atuações e pela música, e por um final impactante (tanto é que muita gente está criando certas teorias malucas e tentando fundamentar coisas já fundamentadas).
Síntese: ao menos um Oscar ele leva com certeza, e Darren Aronofsky me decepcionou bastante, pois tem ao menos três filmes dele que quero muito ver e começo com um que definitivamente não me seduziu. Ele não deveria nem ter sido indicado, e ao contrário, terem indicado Christopher Nolan, por “A Origem”. Muito mais justo.

(visto em 05/02/2011, um dia após a estréia, com o namorado, e a Natalie Portman virou minha proteção de tela no trabalho haha!)

AVALIAÇÃO: BOM





O Vencedor ( The Fighter)

Todo mundo já deve estar se questionando: “De novo um filme sobre lutadores? Já não chega o consagrado “Rocky”, “O Lutador” de Darren e de Rourke e “Menina de Ouro”?” Minha resposta para isso é que talvez não. A Academia adora um filme sobre superação, ainda mais se esse for o de uma história real, o que normalmente é; ressalto que, entretanto, esse filme me surpreendeu bastante.
Fui ao cinema sabendo o que veria: uma história de sofrimento e luta (literalmente), até o desfecho, que como o título traduzido já denuncia, é bastante previsível. Mas são dois os grandes trunfos desse filme: a direção espetacular de David O. Russel que, por merecimento, foi indicado, e a atuação de Christian Bale, também indicado. Fora isso, o filme não teria sustentabilidade nenhuma e seria mais um banal de luta. Vemos uma câmera frenética, captando cada sentimento, cada canto do cenário, e uma filmagem sensacional na hora da porrada, em que nos sentimos em casa, vendo uma luta na ESPN.
Christian Bale mostra uma atuação fenomenal que não pôde mostrar em Batman, “O Cavaleiro das Trevas”, por causa do brilhante e falecido Heath Ledger. Aqui, assim como Heath foi coadjuvante, ele é o irmão mais velho do protagonista, que é o treinador de Micky e o herói da cidade, mas que é viciado em crack e destrói toda a sua carreira. Mark Walhberg fez um bom trabalho, assim como Bale em Batman, mas não ao ponto de não ser ofuscado (e a Academia concorda comigo!). Amy Adams (Charlene), que faz a namorada de Micky Ward (Wahlberg), também fez uma boa atuação. Mas apenas boa, devo dizer. Melissa Leo, como a mãe perua de Micky é quem foi melhor, porém ambas foram indicadas na categoria atriz coadjuvante.
Em suma, é um filme que, mesmo com o final previsível ao cubo e uma história batida, mexe muito com os nervos e te deixa atônito no cinema, além de garantir algumas risadas. Mas Melhor filme? Não, não chega a tanto.

Comentário à parte: Não sabia que o Darren Aronofsky tinha um dedo na produção.
 (Visto em 10/02/2011, com irmã, mãe e padrasto)

AVALIAÇÃO: BOM² (ao quadrado porque mexeu mais comigo do que Cisne Negro haha!)


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127 Horas (127 Hours)

Mais um filme indicado ao Oscar de melhor filme para fazer número. Confesso que fiquei realmente intrigada com a história de Aron Ralston, o alpinista que ficou preso em uma fenda nas montanhas de Utah em maio de 2003. Fiquei espantada como James Franco atuou bem, e como ele sustentou o filme sozinho com propriedade. Poucos atores conseguem fazer com que isso transforme um filme monótono em excelente, como Tom Hanks em “O Náufrago” e John Cusack em “1408”, ambos com belas atuações; nesse caso, entretanto, o filme é simplesmente "OK", mesmo com os esforços de Franco.

Destaque para James Franco, obviamente, que, mantendo a minha aposta, talvez leve a estatueta para casa. O fato é que a Academia é cheia de suspresas e favoritismos previsíveis, então tenho certas dúvidas se o meu palpite vingará. Falta ver até onde Colin Firth pode ir para me impressionar e me fazer mudar de idéia. Contudo, há certos pontos que enfraquecem o filme, como a parte inicial, em que vemos Aron encontrando duas meninas do nada, e para nada, tudo para não ir direto para a premissa, que é o buraco. É certo que a dificuldade de sustentação para um filme onde não há como e nem para onde se mover é grande, e o trabalho de câmera é limitado, por isso acredito que, com todos esses elementos, ele esteja lá, brigando pelo tio Oscar.

Pontos altos para a fotografia e a montagem de três ângulos diferentes das câmeras. Com um cenário de tirar o fôlego, dificilmente a fotografia peca. Achei a direção de Danny Boyle muito boa, e não entendo a sua não indicação ao Oscar. Estou tentada a mudar de aposta na montagem, porque essa aqui me chamou mais a atenção; quando à trilha sonora, muito boa, mas não tão presente e dispensável, inclusive.

AVALIAÇÃO: BOM (haha, eu sei, todos são bons, mas pense: nenhum foi excelente.)
(visto em 13/02/2011 com a mãe e o namorado.)



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O Discurso do Rei (The King’s Speech)

O queridinho das indicações ao Oscar (12), Discurso do Rei conta a história de George VI, o antecessor de Elisabeth II, sua filha. Mas não se engane: ele não é um filme apenas sobre a Coroa Inglesa, mas é também um misto de vários relacionamentos. A amizade verdadeira ganha foco aqui, assim como o poder do ser humano de superação. George VI era gago, e precisava suceder seu pai, George V; porém, sempre em algum discurso ele travava, decepcionando a todos na Inglaterra, por saberem que não teriam um forte representante em tempos de tensão pré e durante a II Guerra Mundial.
O filme é excelente pra quem gosta de história, a música é sublime, e mudarei minha aposta sobre a trilha sonora, porque realmente deu um ar único, e se destacou bastante, muitas vezes. Ele pode parecer um pouco parado à primeira vista, mas tem tiradas ótimas e algumas cenas bem engraçadas, além de trabalhar muito com emoções.

Destaque para a atuação de Colin Firth que, confesso, nunca vi tão bela e verdadeira. E aqui, entrei em uma encruzilhada, se devo votar nele ou em James Franco, porque ambos atuaram com excelência. O modo como ele encarna o personagem é emocionante, e muito convincente. Há cenas em que ele chora, xinga, briga, tem ares de criança e amadurece. Tudo isso com a ajuda de Geoffrey Rush, que também me impressionou positivamente, e Helena Bonham Carter, a qual foi a primeira vez que vi atuando sem maquiagem quase alguma e de forma não tão caricata, como em “Alice no País das Maravilhas” ou “Sweeney Todd”. Ainda fico com ela como vencedora, porque apesar de ela ser deveras ofuscada por Colin Firth e ter uma atuação inferior à Melissa Leo, de “O Vencedor”, achei ela boa como Elisabeth I.
Há vários pontos interessantes, como os tons malucos da parede do consultório, e da sala aconchegante de Lionel (Geoffrey), deixando Bertie (Firth) sentir-se mais confortável, e tirando aquela carga de Realeza de suas costas. O trabalho de câmera também é bom, têm muitos takes de perspectivas diferentes, mas é mais uma câmera fixa, com pouca movimentação, remetendo à frieza britânica. Além disso, a fotografia é linda. Fui com poucas expectativas e, por esse motivo, achei o filme muito bom. Mas não ao ponto de 12 indicações, porque nem Senhor dos Anéis chegou a isso, e era um filme MUITO melhor do que esse. Talvez pelo conjunto da obra, executada com rigidez e ao mesmo tempo com leveza e precisão, tenha dado a essa filme as suas muitas indicações; creio, todavia, que o de melhor filme ele não mereça, de fato.


AVALIAÇÃO: MUITO BOM (veja, estamos evoluindo!)
(visto em 16/02/2011, com o namorado, que dormiu haha!)


DOWNLOAD (Torrent + legenda)

A Origem (Inception)

Sem dúvida alguma, esse é o melhor filme disparado entre os concorrentes. Com 8 indicações ao Oscar, ele é simplesmente um sonho, um misto de realidade com loucura. Não conseguirei expressar aqui o estupor que fiquei ao terminar de vê-lo, e é preciso assisti-lo para sentir o que é esse filme.

Leonardo DiCaprio interpreta Cobb, um ladrão de idéias. Isso mesmo. Ele é um dos melhores na arte de roubar os mais profundos segredos de qualquer pessoa no seu estado inconsciente. Junto com ele, há Arthur (Joseph Gordon-Levitt) e Ariadne ( Ellen Page), que  são os parceiros de Cobb, e que fizeram um ótimo trabalho juntamente com DiCaprio. Não há como explicar mais do que isso, então aconselho que vejam, de verdade. O cenário e os efeitos são sensacionais, e a direção de Christopher Nolan deu a essa bela obra uma sutileza e beleza únicas. Além do roteiro, claro, que é simplesmente genial. Fica aqui  meu protesto por Nolan não ter sido indicado ao Oscar de melhor diretor, que foi a maior injustiça dessa edição que a Academia cometeu.
Apesar disso, essa é a minha aposta verdadeira, de fã mesmo, para que essa obra seja eternizada nessa consagrada (e duvidosa) premiação. O filme é tão intenso que é preciso ser transportado totalmente para a história, senão corre-se o risco de perder o foco e acabar não se entendendo nada. Por ter um roteiro inteligente que instiga o espectador, faz-lo pensar no que está vendo e não o deixa ser um mero passivo, muita gente pode acabar se confundindo com o roteiro extremamente bem elaborado.
E no fim de todo esse espetáculo, Nolan ainda nos presenteia com uma pequena brincadeira, que achei fantástica,  deixando os espectadores e especulares atônitos. Por saber que a Academia não reconhece o trabalho de Nolan como ele merece, não apostei nele no tópico passado , mas acharei uma injustiça, como tenho achado nas últimas edições.

AVALIAÇÃO: EXCELENTE
(visto em 31/12/2010, com o namorado)



EM BREVE, MAIS ATUALIZAÇÕES!

7 comentários:

  1. Achei muito bom os comentarios e estou vendo grande visão de diretora em vc minha jovem hehhe
    sobre o filme Cisne negro eu gostei bastante principalmente da atuação da Natalie portman q concerteza vai ganhar o oscar se a academia n fizer malandragem ai!
    e sobre o lutador infelizmente n vi ainda o filme só q eu já vi outras atuações do Christian bale como no Psicopata americano e no Operario,e sei q nesse filme ele deve estar se superando como de costume
    as cenas e a direção do filme tbm é uma coisa q me deixa bem curioso pelo q vc comentou aki
    bom post e otimo Blog! continue assim Tati Cinéfila =p

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  2. Meu, teu blog tá cada vez melhor, parabéns *---*
    Ver esse post sobre os filmes e vc falando do Cisne Negro, me lembrou a minha mãe falando xDD Ela vive falando desse filme, quer muito ve-lo, heuehehe, mas pelo que vc disse não parece tão bom assim, porém emocionante xDD

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  3. Ah sim agora to conseguindo comentar hehe
    depois de virar seu seguidor consegui =p

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  4. Com toda certeza, adorei. Ótima crítica ao filme "Cisne Negro"... não somente por esta fugir do convencional, mas pela argumentação, capaz de fazer com que muitas pessoas aprendam a justificar e entender o porquê que gostam do que gostam.
    Também acredito que o filme está superestimado. O que não faz com que seu valor diminua, de modo algum, mas tem tantos pontos a serem pensados, como tu mesma escreveu. :)

    Abraços,
    www.cinefreud.com

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  5. hey agora tem link pra download etc
    humm to gostando do blog mais evolution hein =p
    continue assim!

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  6. Olá,

    Gostei do espaço... em nosso blog também escrevemos sobre os 1001 filmes... mas percebi que estamos seguindo uma ordem diferente da que vc está seguindo.

    Li algumas coisas que escreveu e gostei. Volto.

    Podemos add seu blog na lateral do nosso?

    Já estamos seguindo.

    Abs,
    Kleber e Jonathan

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  7. Por mim esse levava o oscar tbm hein! tenho q admitir q é o meu preferido hehe
    trilha sonora otima! escuto direto alias hehe
    e uma historia muito envolvente,te deixa colado na frente da tela do começo ao fim
    atores coadvuantes muito carismaticos
    olha esse é um filme q eu assisto mais de 1x sem reclamar hehe

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