quarta-feira, 11 de julho de 2012

Repaginada!

Depois de um tempão longe do meu blog de filmes querido, por não ter tempo nenhum pra poder ver um filme de mais de 2h, vou fazer uma limpa geral e acrescentar tudo que falta aqui... Continuarei com o projeto, mas sem tempo de duração, porque estou com outros dois projetos em andamento e não consigo cumprir prazos. Acho que até vou mais rápido sem eles, mas tudo bem... Até agora, devo ter visto uns 200 filmes da lista e postado só isso :\

Então, como vai funcionar. 
- Vou fazer uma geral do blog primeiro, acrescentando links de download que funcionem e em todos que não botei (maioria)
- Vou mudar o domínio, porque com o outro nome não vai dar pra seguir
- os links do Filmow vão ser todos renovamos
- a única coisa que não vai mudar é o layout, que eu gosto muito.

Espero que vocês entendam, e que ainda dêem uma passadinha por aqui =]

Vou tentar postar [off] algumas vezes, até pra não me expulsarem do blog de cinema clássico haha
Sorry ^^"

quarta-feira, 18 de abril de 2012

34


Outubro (Oktyabr) – 1927

Mais um épico do Diretor Eisenstein, que conta outro episódio de batalha Russa. Dessa vez, Eisenstein realiza um filme contando a história da batalha Bolcheviche, que passou da derrocada do Governo provisório para as primeiras vitórias de Lênin, e daqueles que o seguiam.
 Mais uma vez, Eisenstein mostra que é o gênio da montagem e edição, e trabalha muito bem com um grande número de pessoas; senti, entretanto, que esse filme foi bem mais arrastado do que os demais produzidos por ele, e que se não fosse por duas cenas, mais o advento do som introduzido por seu colega Grigori Alexsandrov, o filme teria sido impossível de ser assistido. Cenas como um cavalo morto e a estátua do czar sendo destruída estão as que merecem destaque, mas metade do filme é comprometido por uma história que talvez só quem viveu a revolução ou teve algum contato com ela, ou ainda, tenha estudado, pôde compreender. Talvez a intenção do diretor era que o espectador tirasse suas próprias conclusões, mas, para dizer a verdade, não consegui concluir muita coisa.

Logo que vi o terceiro filme de Eisenstein na lista, percebi que seria mais um desafio, e a cada novo filme, uma estrela cai, e nesse não será diferente. Darei duas estrelas pela técnica impecável, mas, particularmente, senti que faltou alma ao filme. Eisenstein foi convidado para fazer este filme que seria para a comemoração do 10º aniversário da vitória bolcheviche. E, como o próprio crítico menciona no livro: “Como ferramenta didática, uma maneira de "explicar" a revolução para as massas do país e do exterior, o filme é simplesmente ineficaz. Para muitos espectadores, suportar a projeção é um verdadeiro suplício.” Precisei mencionar essa frase, pois, realmente, o foi para mim, que até dormi no meio da projeção (vou ser xingada por isso haha).

O filme tinha muito potencial, mas senti que foi desperdiçado. Também gostaria de ver Eisenstein produzindo outros tipos de filme, pois acho que ele teria êxito, visto que, muitas vezes no filme, há uma mescla entre a arte e a guerra, como esculturas, uma harpa em um vitral e os belos adornos dos prédios.
 


URSS (Sovkino)/ Mudo P&B/ 95 min.
Direção: Crigori Aleksandrov, Sergei M. Eisenstein
Roteiro: Grigori Aleksandrov, Sergei M. Eisenstein
Fotografia: Vladimir Nilsen, Vladimir Popov, Eduard Tisse
Música: Alfredo Antonini, Edmund Meisel

Elenco:

Vladimir Popov
Vasili Nikandrov
Layaschenko
Chibisov
Boris Livanov
Mikholyev
N. Podvoisky
Smelsky         
Eduard Tisse

terça-feira, 27 de março de 2012

33


O Monstro do Circo (The Unknown) -1927

Às vezes me pergunto se tenho ou não tino para genialidades, e acabo descobrindo que talvez eu não o tenha (já me mandaram até curar a ressaca para assistir filmes, né Dilberto? haha). Questiono bastante o livro quando encontro obras como essa com uma página inteira. O monstro do Circo conta a história de um homem que finge não ter braços, mas que na verdade os têm, porém com uma pequena anomalia: dois dedões em uma das mãos.
Lon Chaney interpreta Alonzo, dono dessa peculiaridade e apaixonado por Nanon (Joan Crawford em um de seus primeiros papéis de destaque), uma mulher que tem fobia de ser tocada por homens, o que é um ponto extra para o protagonista. Devo dizer que a atuação de Chaney é assombrosamente impecável, indo de um extremo a outro com a maior naturalidade, como em uma cena, onde ele ri descontroladamente e lacrimeja; ressalto, entretanto, que gostei mais dele em O Fantasma da Ópera, mesmo com toda a maquiagem. Fiquei impressionada com as cenas em que Alonzo precisa fazer coisas triviais, mas com os pés. Exemplos disso são fumando, tomando vinho, ou até mesmo tocando violão. Pareceu, inclusive, que não era ele, e, de fato, fiquei na dúvida, no fim das contas.
Não acho que seja um filme para se ver antes de morrer, a não ser que você seja um fã fervoroso de Chaney (que não posso questionar em seu profissionalismo) ou goste de ver filmes antigos e curtos, como é o caso de O Monstro do Circo. Vale a pena pela atuação de Chaney apenas, porque nem o roteiro, nem a direção de Tod Browning, que em “Dracula” de 1931 me agradou bastante, me conquistaram aqui.

3 estrelas, mais uma vez me deparando com uma crítica pobre de argumentos do livro, que conta toda a história da trama.

EUA (MGM) 65 min. Mudo P&B
Direção: Tod Browning
Roteiro: Tod Browning, WaldemarYoung
Fotografia: Merritt B. Cerstad

Elenco: 
Lon Chaney
Norman Kerry
Joan Crawford
Nick De Ruiz
John George 
Frank Lanning
Polly Moran


sexta-feira, 16 de março de 2012

32

A General (The General) - 1927

Buster Keaton nunca decepciona. Apesar de suas comédias leves e curtas, ele consegue cativar qualquer espectador com seu jeito atrapalhado e com suas histórias com um tom cômico e sério, ao mesmo tempo. Nesta, vemos Keaton com um cabelo mais comprido, engenheiro de um trem de 1861, época da Guerra Civil dos Estados Unidos, do Sul contra o Norte. Johnnie Gray (Keaton) é o primeiro a tentar se alistar, por conta de sua namorada Anabelle Lee (Marion Mack), cujo pai e irmão também iriam para a Guerra e é questão de honra fazê-lo. Porém, ele não é convocado, e fica extremamente decepcionado, já que seu namoro dependia disso. É desse ponto que surge a história principal, recheada de ação e humor: o roubo da Locomotiva de Johnnie, “ A General”.

Há várias cenas engraçadas que vale a pena ressaltar, como o modo com que ele vai tirando e colocando armadilhas nos trilhos e o trabalho corporal exigido, o qual o ator nunca mede esforços, seja cortando lenha, seja indo de um ponto a outro da máquina, para usar tudo a seu favor. O final é previsível, mas isso não compromete de maneira alguma a trama, que tem muito movimento e raramente fica cansativa. A partir do terceiro filme visto, já vemos uma preferência no modo de filmagem e até mesmo de certas cenas; nesse filme, entretanto, apesar de começar como os outros, acaba se transformando, pois encontramos uma grande movimentação, não como Sete Oportunidades ou Sherlock Jr, mas além, com uma câmera frenética captando cada trilho andado, cada expectativa do personagem, cada perseguição. A música é muito bem empregada, dando mais vida às fugas, mas ela acaba se repetindo diversas vezes, algo bem perceptível. A câmera é bem diversificada, tanto em movimento quanto parada, mas sem perder o ritmo do filme. Não sei como Charles Chaplin pode ser endeusado e Buster Keaton não. Acho os dois geniais.

Super recomendado, para ser visto em um domingo à tarde, para aqueles que quiserem fugir dos programas dominicais massacrantes ou de um filme que já tenha passado 800 vezes na TV. Mas, ele ainda é preto e branco e mudo, então talvez algumas pessoas possam vir a ter preconceito, como um dia eu já tive. Estas perderão um filme muito gostoso de assistir, diga-se de passagem. Vale a pena ver antes de morrer!

4 Estrelas ! Apenas não darei 5 porque Sherlock Jr. ainda é meu preferido, até por ter sido o filme em que conheci o grande trabalho de Keaton!



EUA/Mudo P&B (Sepiatone)/75 min
Direção: Clyde Bruckman, Buster Keaton
Produção: Buster Keaton, Joseph M. Schenck
Roteiro: Al Boasberg, Clyde Bruckman
Fotografia: Bert Haines, Devereaux Jennings
Música: Robert Israel, William P. Perry

Elenco:

Marion Mack
Charles Smith
Richard Allen
Glen Cavender
Jim Farley
Frederick Vroom
Joe Keaton
Mike Donlin
Tom Nawn
Buster Keaton