segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

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 Metropolis – 1927

Considerado o primeiro filme épico de ficção científica, Metropolis tem um quê de simplicidade com uma arrebatadora fotografia e cenários enormes, onde Fritz Lang faz um trabalho magistral fazendo um belo uso de inúmeros figurantes e efeitos especiais, inacreditáveis para 1927.

A história se passa em Metropolis no ano de 2026, cidade futurista criada pelo Mestre Joh Fredersen (Alfred Abel), porém o foco da trama é em seu filho Freder (Gustav Fröhlich), uma pessoa alienada do que acontece na cidade, e bastante mimada. Conhecendo Maria (Briggite Helm) e a comunidade dos operários, Freder tenta ser o mediador entre os operários e o mestre, para fazer com que eles trabalhem em harmonia (com a célebre frase do filme: “O mediador entre cabeça e mãos deve ser o coração”). A partir daí, temos desde uma andróide feminina construída por Rowang (Rudolf Klein-Rogge) , o inventor que mora em uma casa antiga, até arranha-céus e maquinários incríveis.

Brigitte Helm está espetacular como a angelical Maria e a demoníaca Andróide, inclusive com uma dança erótica semi-nua em meio a vários olhos masculinos, numa montagem também digna de destaque. Todos fazem um excelente trabalho nessa película, porém o menos convincente é Gustav Fröhlich, que é demasiadamente teatral. O cientista interpretado por Klein-Rogge também convence, protagonizando algumas cenas importantes do filme. Ênfase, também, para a cena da inundação da cidade dos operários, a dança dos mesmos em torno da máquina destruída e a corrida atrás de Maria, e posterior fogueira feita para ela.

Para os dias de hoje, esse filme é um marco alemão, mas para a época, foi um fracasso tão grande de bilheteria que quase levou o estúdio à falência. Em particular, achei-o interessante, mas com um roteiro que poderia ser mais bem trabalhado. Uma pena que tenha sido prejudicado com a perda total de algumas partes, que foram transformadas em textos explicativos durante o filme.

3 estrelas

Alemanha/ Mudo P&B/ 120 min.
Direção: Fritz Lang
Produção: Erich Pommer
Roteiro: Fritz Lang, Thea von Harbou
Fotografia: Karl Freund, Günther Rittau
Música: Gottfried Huppertz

Elenco:
Alfred Abel
Gustav Fröhlich
Brigitte Helm
Rudolf Klein-Rogge
Fritz Rasp
Theodor Loos
Heinrich George


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