O Monstro do Circo (The Unknown) -1927
Às vezes me pergunto se tenho ou
não tino para genialidades, e acabo descobrindo que talvez eu não o tenha (já me mandaram até curar a ressaca para assistir filmes, né Dilberto? haha).
Questiono bastante o livro quando encontro obras como essa com uma página
inteira. O monstro do Circo conta a história de um homem que finge não ter
braços, mas que na verdade os têm, porém com uma pequena anomalia: dois dedões
em uma das mãos.
Lon Chaney interpreta Alonzo,
dono dessa peculiaridade e apaixonado por Nanon (Joan Crawford em um de seus
primeiros papéis de destaque), uma mulher que tem fobia de ser tocada por
homens, o que é um ponto extra para o protagonista. Devo dizer que a atuação de
Chaney é assombrosamente impecável, indo de um extremo a outro com a maior
naturalidade, como em uma cena, onde ele ri descontroladamente e lacrimeja;
ressalto, entretanto, que gostei mais dele em O Fantasma da Ópera, mesmo com
toda a maquiagem. Fiquei impressionada com as cenas em que Alonzo precisa fazer
coisas triviais, mas com os pés. Exemplos disso são fumando, tomando vinho, ou
até mesmo tocando violão. Pareceu, inclusive, que não era ele, e, de fato,
fiquei na dúvida, no fim das contas.
Não acho que seja um filme para
se ver antes de morrer, a não ser que você seja um fã fervoroso de Chaney (que
não posso questionar em seu profissionalismo) ou goste de ver filmes antigos e
curtos, como é o caso de O Monstro do Circo. Vale a pena pela atuação de Chaney
apenas, porque nem o roteiro, nem a direção de Tod Browning, que em “Dracula”
de 1931 me agradou bastante, me conquistaram aqui.
3 estrelas, mais uma vez me
deparando com uma crítica pobre de argumentos do livro, que conta toda a
história da trama.
EUA (MGM) 65 min. Mudo P&B
Direção: Tod Browning
Roteiro: Tod Browning, WaldemarYoung
Fotografia: Merritt B. Cerstad
Elenco:
Lon Chaney
Norman Kerry
Joan Crawford
Nick De Ruiz
John George
Frank Lanning
Polly Moran
Acho uma obra prima da coleção de Browning e o nosso querido “O Homem Das Mil Faces” está radiante!
ResponderExcluirAbraço.
Não vejo como genialidade nenhum dos filmes com Lon Chaney, minha cara (talvez "O Corcunda de Notre-Demme"), por isso não vou condená-la desta vez, ré, ré! A repreensão vai somente pelo muito tempo de ostracismo: volte logo! Abração! E valeu pela citação, rs!
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